sábado, 31 de agosto de 2013

O justo receberá a recompensa de um justo (Mt 10.41)

Procuro por 12 amigos/as para trazer de volta o que se perdeu. Se por causa de mim saiu do mundo, também por minha causa há de voltar.

sábado, 10 de agosto de 2013

Você consegue ver o seu pai?


Enfim chegara o grande dia. Era o dia dos pais. O pai de todos, cansado de estar só, pois tinha mandado seus filhos em missão à terra para libertar os que haviam caído na mão do inimigo, e como nenhum deles tinha retornado, desconsolado, depois de passar tantos “dia dos pais” na mais absoluta solidão, resolveu ele mesmo descer do céu e fazer o trabalho.
Tendo descido, o todo poderoso, sentou-se em seu trono para começar o julgamento: era o dia do juízo final, o dia em que o pai iria pronunciar a sentença para os seus filhos. Ele, o justo, observou atentamente todos eles e consternado, sentiu pena deles. Lhes dera ouvidos, mas não podiam ouvi-lo, pois estavam surdos. Lhes dera a visão, mas não podiam vê-lo, pois tornaram-se cegos. Lhes dera a fala, mas não conseguiam dialogar com ele, pois haviam emudecido.
Mas eis que no meio da multidão, um dos filhos, era o menor de todos, conseguiu vislumbrá-lo. Naquele instante, pai e filho, correram um ao encontro do outro e se abraçaram longamente. Depois perguntou o filho ao pai:
 Não é você aquele que iria estabelecer a justiça na terra? Não é você o que iria nos salvar de todos esses problemas?
- Sim, filho, sou eu mesmo.
 Mas como isso será possível, se ninguém consegue ouvi-lo nem vê-lo? Se você não consegue nem falar-lhes e nem eles falar com você?
- Filho, você se lembra de como a mãe brigava por que a louça suja sempre sobrava para ela. Quando você aprendeu a lavar a sua própria louça?
 Quando não encontrei mais ninguém que a lavasse para mim.
- Pois assim também vai acontecer com todos os meus filhos. Quando procurarem o alimento, a água, a paz, a segurança, a justiça etc e não mais os encontrarem, então vão lembrar-se do velho pai. Jesus não lhes contou a história do filho pródigo? Quando este tinha perdido tudo, em sua angústia não lembrou-se do pai? Pois bem, é assim que deve ser. Eles foram ingratos com a visão, a audição e com a palavra que lhes dei. Mas uma coisa não lhes faltará: a memória. Ela vai ser o início da salvação. Quando se lembrarem de que, antes de venderem-se ao meu inimigo, estavam bem seguros em minha casa e que nada lhes faltava, então irão colocar-se no caminho para casa. A memória vai marcar o início da volta para casa. Só de se lembrarem de mim, recobrarão o senso de justiça, e por isso a sua visão, audição, fala, tato e olfato lhes serão aos poucos restituídos.
Filho, temos tanto a conversar e tanto a fazer, por que você mesmo não me fala das suas aventuras por esse mundo e como recobrou a sua visão, a sua audição, a sua fala, enfim, a sua vida?