sexta-feira, 25 de setembro de 2009

É hora de cumprir as promessas do batismo!

Se observarmos a história da Bíblia, podemos perceber que se trata da caminhada do ser humano desde a expulsão do paraíso até o reencontro com este mesmo paraíso. Em outras palavras, estamos presenciando o afastamento do ser humano de seu criador e o posterior reencontro com seu Deus.
Adão e Eva falavam com Deus, viam-no andando com eles no paraíso. À medida que foram se afastando de Deus perderam o contato visual. O afastamento extremo revela-se em Caim. Ele ouviu (já não via mais) Deus. Além de não ver, não quis nem ouvir: "O que me importa meu irmão?" e assim saiu vagando pelo mundo. Noé voltou a ouvir Deus, pois era um homem bom e justo. Do mesmo modo, Abraão.
Moisés deu um passo adiante. Não só ouviu Deus, mas viu sua presença na sarça ardente.
Jesus Cristo aproximou-se mais ainda de Deus. "O Pai está em mim e eu estou no Pai! Quem me vê, vê o próprio Pai." Ou seja, Deus tornou-se novamente visível e voltou a andar entre os homens.
Há dois mil anos estamos esperando a sua volta. E como está escrito, ele voltará em toda a sua glória, ou seja, não haverá mais um Adão fugindo da presença de Deus, não haverá mais um Caim indiferente ao irmão, não haverá mais um povo zombando de Noé nem um faraó se opondo à liberdade nem um Império Romano impedindo a presença do Reino de Deus. O próprio Deus estará em tudo, de modo que não será mais possível opor-se a ele, expulsá-lo.
Como se dará isto?
Quando aqueles que foram assinalados lembrarem-se das promessas de seus pais no batismo e de suas promessas de seguirem Jesus em todos os seus ensinamentos então este poder se manifestará. Então o trigo vai separar-se do joio e o mundo ficará claramento dividido. De um lado estarão os que se unem para formar um só corpo e um só espírito, como fizeram os primeiros cristãos, respeitando na íntegra os ensinamentos de Jesus, "Qualquer um de vós se não renunciar a tudo o que possui, não pode ser meu discípulo." De outro estarão os que resistem a esta verdade, tentando encontrar soluções paliativas para as guerras, para a fome, para o aquecimento global etc. Mas mirando-se no exemplo dos primeiros cristãos, eles aos poucos verão a luz, que por fim ocupará todo o planeta, assim com as águas recobrem o fundo do mar.
O tempo já se esgotou. Precisamos agir. Tudo se cumprirá como está escrito. Como posso dizer ao meu irmão siga Jesus Cristo, se eu não cumpro a primeira condição? O que vamos fazer? Arrancar esta passagem bíblica (Lc. 14,33)? Não, se quisermos ser salvos. Não, se queremos que o sal recobre o seu sabor. Não, se queremos experimentar o verdadeiro poder que se esconde neste ensinamento. Não, se quisermos formar um só corpo e um só espírito, um exército muito mais poderoso do que este que se esconde atrás das armas. Não, se queremos tornar a terra um paraíso, o Reino de Deus.
Já é tarde, é hora de acordar, do contrário não passamos de hipócritas. Serei o primeiro a tirar a trave do meu olho.
Agradeço por minha missão ser tão simples e fácil. Sinto-me como o último a chegar, mas o primeiro a sentar-se a mesa e degustar os frutos. Adão e Eva tiveram uma parada dura. Estavam com tudo e de repente a falência. Moisés teve de começar do zero. Jesus Cristo, que dureza, precisou emendar as Sagradas Leis. Já imaginou, enfrentar aquela gente: "Está escrito olho por olho..., eu porém vos digo: amai os vossos inimigos." Depois morrer na cruz e os discípulos sendo perseguidos, mortos. Graças a eles a luz chegou até nós. Veja, a nossa missão é mamão com açúcar. Não precisamos fazer emendas, podemos falar abertamente, com liberdade, ninguém nos persegue. Os únicos que nos impedem de concretizar o sonho somos nós mesmos. Não é maravilhoso, a mesa já está posta, preciso apenas sentar e servir-me.
Fico maravilhado em ver quanto trabalho foi realizado para que possa me servir. Chega a ser ridículo o que vou fazer: servir-me e convidar outros a servirem-se também.
Mas até isto está nas Escrituras: Os últimos serão os primeiros.
Há alguns dias atrás ainda me sentia orgulhoso por ser o primeiro a poder sentar-me a esta mesa. Hoje, neste instante, encontro-me diante de um misto de pequenez, vergonha e alegria.
Como fui cego! Como sou ridículo! Como são grandes os que vieram antes de mim!

Nenhum comentário:

Postar um comentário